quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Homenagem aos idosos


Homenagem aos idosos

A DEUS peço com grandeza
Pra falar com atenção
Eu sinto muita alegria
No peito sinto emoção
Para homenagear
Gente de bom coração.

Eu sou um simples poeta
Com vinte e um de idade
Desse meu pequeno tempo
Digo a você com verdade
O idoso me ensinou
A viver com humildade.

O idoso tem grandeza
No peito tem alegria
Na mente guarda lembrança
Do seu lindo dia-a-dia
Tem na vida experiência
E nal’ma tem poesia.

Quando vejo um agricultor
Carregando uma inchada
Eu vejo a vida dele
Linda e bem relembrada
A sua historia suave
Mas a mão bem calejada.

Meu avô me ensinou tudo
Como é bom se respeitar
Como se faz um amigo
E amizade cultivar
Como é bom amar ao próximo
E como é bom se amar.

A velhice é uma escola
Quero nela aprender
Todo dia eu peço a DEUS
Pra velhice eu conhecer
Quero a velhice chegar
Novo não quero morrer.

Minha idade ta crescendo
Vejo que tem mas beleza
O idoso é fonte rica
Pérola de grande fineza
A sua alma é pura
Como o ar da natureza.

Eu converso com os idosos
E abro bem minha mente
Histórias medievais
Eles me dão de presente
As histórias do passado
Me contam atentamente.

O idoso é arte viva
Enciclopédia ambulante
Às vezes é esquecido
Por muitos ignorantes
O idoso é o viver
Com uma mente gigante.

E trabalharam na roça
Pra poder da o sustento
Puxando numa inchada
Ou montado num jumento
Plantando milho e feijão
Pra nos da o alimento.

Minha avó grande mulher
Uma pessoa guerreira
No ramo da culinária
É a maior cozinheira
Com suas comidas típicas
Reúne a família inteira.

O idoso é emoção
Ele é o puro amor
Ele é sinceridade
É da vida o sabor
É a fé correspondente
De DEUS o nosso senhor.

E cada dia que passa
O idoso aprende mais
Não é por que é antigo
Que sua mente se faz
Enquanto DEUS não os chama
Sempre aprende muito mais.

O idoso é o saber
Nem médico e advogado
Nem o juiz de direito
Por muito tempo estudado
Sabe o que a velhice diz
Por Jesus abençoado.

E quem chegar à velhice
Vai aprender a viver
Os jovens de hoje em dia
Só querem aparecer
Desprezando os idosos
Nem sabe o que vão perder.

Agradeço ao meu bom DEUS
Com toda minha atenção
E um abraço apertado
Coração com coração
Aos idosos desse mundo
Com um prazer bem profundo
Com bastante emoção.

Jadson Lima

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Eu acho melhor ser corno...

Amigo sou nordestino
Com fé e saúde boa
Sou vaqueiro do nordeste
Garanto a qualquer pessoa
O nordeste é desprezado
Mais só que é visitado
Que nem água na lagoa.

Essa água na lagoa
É em quatro em quatro ano
Que é no tempo da política
Roubo por baixo do pano
É um aperta aperta a mão
Ôs cabras sem coração
Político não é humano.

Se faz\ de amigo nosso
Pra mode nós votar neles
Bebe como com agente
Gastando o dinheiro deles
Conversa com agricultor
Com vaqueiro, lavrador
Ôs cabras sabido aqueles.

Nos tempo das eleição
Todo dia é uma festa
Ele agrada todo mundo
A sua casa empesta
Fica cheia de eleitor
Um povo trabalhador
Mas os Políticos detesta.

Mas se faz que ta gostando
Pois mês de Outubro ta perto
Eles andam no mei da feira
Fala com um pobre "analfaberto"
Depois ele sai mangando
Diz que ta é precisando
De ficar é mais esperto.

Ele entra na nossa casa
Conversa da um abraço
Pega o nosso filhinho
Sorrindo bota no braço
Fica levantando a mão
Dando "xau" sem precisão
Num sei como cansa o braço.

Eles sobem no palanque
E começam descursar
Mentem que só a mulesta
Ô povo pra enganar
Dizem - Eu vou dar um jeito
Aqui se eu for Prefeito
As coisa vai melhorar.

Ele aperta nossa mão
Leva nóis na capitá
Da remédio e dentadura
Pra mode nós mastigar
As coisa que eles faz
Preste atenção rapaz
Só faz é nos desprezar.

Fala sem ter preconceito
Com homem trabalhador
Mas só fala com atenção
Com quem Título de eleitor
Se for só bom e honesto
O cabra nem passa perto
Nem quer ver o sofredor.

Eu sou muito revoltado
Com esse bando de ladrão
Político mente e rouba
É a imagem do cão
Um me pede preu votar
Outro querendo comprar
O meu voto meu patrão.

Político não é honesto
Só ver nós na precisão
Só em quatro em quatro ano
E é por obrigação
Eles vem nos enganar
Eles vem só nos roubar
Acredite meu patrão.

Eu não falo de Político
Por que quero ser perfeito
Todos somos diferente
E eu tenho os meus defeito
Nem que me bote num forno
EU ACHO MELHOR SER CORNO
DO QUE SER UMA VEZ PREFEITO.

Poeta Jadson Lima

domingo, 19 de agosto de 2012

LITERATURA DE CORDEL: CONVERSA DE ROSENO OLIVEIRA COM JADSON LIMA



  QUANDO AMANTES DA CULTURA SE ENCONTRAM, ACONTECE ASSIM...


Roseno Oliveira:
- Outubro, mês de lambança
De falácias vai ter mil
é quando o cabra bruto
fica manso e bem gentil
e o povo acreditando
cai na arabuca votando
e a democracia entrando
mais ainda no fonil.

Jadson Lima:
- Politicagem é assim
É tudo enganação
Em Outubro tudo anjinho
Mais depois é mermo uns cão
Não dependo de Política
Minha poesia é crítica
Dica pra população.

Roseno Oliveira
- vem de quatro em quatro anos
Com status de bomdoso
Dizendo que se ganhar
Será muito caridoso
porém é bem diferente
pois só se lembra da gente
Se seu voto é "generoso".

Jadson Lima:
- Eles sobem no palanque
E começam a discursar
Mentem que só a mulesta
ô povo pra enganar
Dizem - eu vou da um jeito
Se aqui eu for prefeito
A saúde vai melhorar.

Roseno Oliveira:
- E ainda pra piorar
Tem cara lisa de sabão
Dizendo que vai lutar
Por boa educação
É uma mentira orrenda
Que até mesmo a merenda
Já virou corrupção.

Jadson Lima:
- Eles chegam em nossa casa
Sorrindo da um abraço
Pega o nosso filhinho
Contente nem tem cansaço
Fica levantando a mão
Dando chau sem precisão
Num sei como cansa o braço.

Roseno Oliveira:
- E sem nenhum embaraço
Diz ter feito o que não fez
Promete mundos e fundos
Se eleito for outra vez
Isso tudo eu aposto
Só pensando no seu voto
Já te acha um freguês.

Jadson Lima:
- Eu não falo de político
Por que quero ser perfeito
Todos somos diferente
E eu tenho os meus defeitos
Mas acho melhor ser corno
Do que ser uma vez prefeito.

Roseno Oliveira:
- Amigo, do mesmo jeito
A política eu dou valor,
Só não a politicagem
Coisa de baixo teor
Onde tu se cadidatar
Ao teu lado quero estar
Como seu vereador.

Jadson Lima:
- Eu divido meu amor
Com você meu camarada
Você vai ser meu parceiro
Em toda minha jornada
Pra transmitir alegria
No ramo da poesia
Por que não tem enrrascada.

Roseno Oliveira:
- E nessa nossa empreitada
Tu saberás caminhar
Administrando as estrofes
Com motes bem singular
Autorizando meu passe
Pra trabalhar pela arte
E a cultura popular.

Jadson Lima:
Tu ia administrar
Do Brasil nossa cultura
Nós dois ia versejar
Mostrando nossa bravura
Tu ia ser secretário
Nós seria os "inventário"
Dessa política futura.

Roseno Oliveira:
- E pra essa política segura
Tu ia pra maior secretaria
Na Casa Branca do cordel
Teu governo sem dúvida construiria
No Brasil milhares cordeltecas,
Diplomação para os mais altos poetas,
E um ministério próprio só para a poesia.


Jadson Lima:
- Ia ser só alegria
Tu do meu lado direito
Sendo o meu secretário
Um rio do mesmo leito
As leis eram poesia
Nós juntos construiria
Um BRASIL mais que perfeito.

Roseno Oliveira:
- Renovaríamos o conceito
Do que é democracia
Na base só do amor
Que inspira a poesia
Você meu amigo fiel
Me judaria em cordel
Num BRASIL de maestria.

 (Poetas Roseno Oliveira e Jadson Lima)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O Vaqueiro Sertanejo




O vaqueiro sertanejo

Peço a DEUS pra me animar
Me dá muita inspiração
Pra falar com emoção
Sou poeta popular
Quero homenagear
Realizar meu desejo
Aproveitando o ensejo
O meu versejar ligeiro
Falo de um grande guerreiro
O VAQUEIRO SERTANEJO.

No campo da poesia
Que é onde eu sei jogar
Já comecei a rimar
Com amor e alegria
Meu verso tem simpatia
Sobre o vaqueiro versejo
Como a luz do relampejo
Que é uma grande beleza
Eu versejo uma grandeza
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Acorda de madrugada
Com o cantar do campina
Apaga a lamparina
E observa a boiada
A mulher despreocupada
O galo no cacarejo
Quando tudo aquilo vejo
Lhe digo sem falsidade
Que é um homem de verdade
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Bem cedo sai aboiando
Montado num alazão
De guarda-peito e gibão
Um verso ele sai cantando
O gado todo berrando
E ele sai no molejo
E como se fosse um beijo
Ele toca a vacaria
E sai cheio de alegria
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Perneira chapéu gibão
Se veste com alegria
Sua vida é poesia
Seu transporte um alazão
Seu prazer é a paixão
Vive a vida num traquejo
Quando ouve o cantarejo
Do formoso sabiá
Começa seu labutar
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Milho feijão e farinha
Seu almoço reforçado
Come bode com picado
E farofa de galinha
Quando chega a tardezinha
Ele escuta o trovejo
E ele vê o clarejo
Do relampo no sertão
Fica cheio de emoção
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Dentro da mata fechada
Pegando boi mandingueiro
Por ser um bravo guerreiro
A sua pele é marcada
Sua mão é calejada
Pois vive no seu manejo
Um cachorro no farejo
Caçando pro seu jantar
É assim que sabe amar
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Ouço falar no vaqueiro
Estudo sua história
Escrevo sua trajetória
Desse herói verdadeiro
Do nordeste brasileiro
Se for possível protejo
Leio mais sempre revejo
Essa linda imensidão
Eu trago no coração
O VAQUEIRO SERTANEJO.

É o homem do sertão
É um puro nordestino
Tem coração de menino
Pegar gado é sua paixão
O aboio é sua canção
Seu café coalhada e queijo
Sua vida é um gracejo
De couro é seu chapéu
Decanto nesse cordel
O VAQUEIRO SERTANEJO.

A DEUS pai o grandioso
Agradeço a inspiração
Meu DEUS pai da criação
O grande pai amoroso
Me sinto vitorioso
Pois não sou um malfazejo
Sou poeta e eu pelejo
Falar com sinceridade
Amo muito de verdade
O VAQUEIRO SERTANEJO.


Poeta Jadson Lima


sábado, 23 de junho de 2012

São João do Gonzagão




São João do Gonzagão

Mês de junho tem festejo
Fogueira,  xote, baião
Milho verde bem asado
Pé de moleque,  quentão
Por isso com alegria
Faço essa poesia
São João do Gonzagão.

Permissão eu vou pedindo
Como um poeta educado
Pra São João não se zangar
Pois o homenageado
É Luiz rei do Baião
Abrilhantando o São João
Nesse nordeste encantado.

Em Dezembro faz cem anos
Mas no São João comemora
Toda música e cultura
La dos tempos de outrora
Por isso tenho saudade
Me comovo de verdade
Por que Luiz foi embora.

Cantou todo esse nordeste
Em xote em arrasta pé
Com a sanfona no peito
Fez do Baião sua fé
No São João fez alegria
Encantou com poesia
Homem, menino e mulher.

Cantou as aves do céu
Cantou a terra e o mar
Se vestiu de cangaceiro
Pra todos nós encantar
Pois se mostrou um guerreiro
Se vestindo de vaqueiro
O nosso herói popular.

De Santana e Januário
Foi ele o maior presente
E cedinho começou
A jornada do batente
Nos oito baixos tocando
E Januário ensinando
Foi a principal vertente.

Com a sanfona no peito
Cantou o nordeste inteiro
Viajou pelos sertões
Com os trajes de vaqueiro
Na Asa Branca voando
No mundo foi se espalhando
Esse amor verdadeiro.

Cantou e dançou forró
Alegrando corações
Foi um artista completo
Foi certeiro nas canções
E sorria de alegria
Pois com suas parcerias
Arrastou as multidões.

Um bom pai um bom amigo
Com o coração de menino
E fez questão de dizer
“eu sou puro nordestino”
E cumpriu sua jornada
Com sua vida encantada
Delubriando o destino.

Vivia em plena alegria
A sua voz bem marcante
Sempre um sorriso no rosto
Com traços de retirante
Nordestino com pureza
Que a mão da natureza
Lhe esculpiu confiante.

Seu lindo chapéu de couro
O seu bonito gibão
A sua sanfona branca
A sua voz seu Baião
Lhe dava grande assistência
Luiz grande excelência
Dentro do meu coração.

Foi quem levou o nordeste
Pros confins do mundo inteiro
Um cantador de lamento
Foi um bravo brasileiro
Que no xaxado dançou
E no Baião encantou
Foi um grande sanfoneiro.

E cantou a Asa Branca
Acauã, Cintura fina
Assum Preto, Boiadeiro
E o Xote das Meninas
Cantou a seca e a saga
Foi ele Luiz Gonzaga
Dessa nação nordestina.

Nosso São João menino
De festanças de arraiá
De quadrilhas matuteiras
Todos a Gonzaguear
Grande comemoração
Cem anos de Gonzagão
No São João não vai faltar.

Centenário de um rei
Que DEUS deu a arte pura
Cresceu no doce das canas
No forte da rapadura
Pois é um gênio humano
Um puro Pernambucano
Um astro rei da cultura.

Gonzagão meu padroeiro
Na arte de forrozar
Na arte da poesia
Eu quero gonzaguear
Foi no Baião o primeiro
Nessa arte o pioneiro
Faço questão de mostrar.

É cem anos de historia
São João é animação
Vamos ascender fogueira
E vamos soltar balão
E todos arrasta pé
No coração muita fé
São João do Gonzagão.

Vou partindo da historia
Até mais um outro dia
Á DEUS eu muito agradeço
Com bastante alegria
Eu quero forrofiar
No São João comemorar
De Gonzaga essa folia.

Ate treze de Dezembro
Vou ansioso esperar
O centenário do rei
Eu quero comemorar
Com forró e alegria
Declamando poesia
Para todos se encantar.

Obrigado São João
Pois eu me sinto honrado
Ter nascido nordestino
Esse imenso reinado
Homenagear Gonzaga
No São João dizer a saga
Do rei imortalizado...


Poeta Jadson Lima
23/062012











sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rádio Cultura Nordestina

Olha aí galera esse site é muito bom: Rádio Cultura Nordestina

http://www.radioculturanordestina.com

domingo, 3 de junho de 2012

A festa de São João no céu


A festa de São João no céu

Na noite de São João
Teve uma festa no céu
São Tomé Santa Isabel
Tomaram pinga e quentão
Teve muita animação
São Paulo dançou forró
Santa Inês levantou pó
Santo Antônio fez casamento
Dois santos fez juramento
São Francisco ficou só.

São Miguel São Barnabé
Puxavam Santa Maria
Outro disse: Santa Luzia
Traga pra mim um café
São Benedito e São José
Tomaram uma cervejada
Foi uma papagaiada
Que fizeram lá no céu
São Pedro tirou o chapéu
Pra mexer a feijoada.

São Paulo Santo Jacó
Tomaram pinga adoidado
Bateram num deputado
Com um fininho cipó
Pegaram um mororó
Santo Expedito correu
Disse: O homem não morreu
Por que eu cheguei na hora
Eu mandei ele ir embora
Antes ele do que eu.

São Pedro abriu o portão
Pra quatro santo passar
Um santo poi-se a chorar
Agarrado com São João
Deu um aperto de mão
E um abraço apertado
São Pedro desconfiado
São Tomé Santa Luzia
Dançavam na melodia
Do baião e do xaxado.

São Joaquim saiu melado
Por causa da cachaçada
Um anjo fez uma zoada
Por causa de um picado
Outro saiu mei zangado
Um santo tava em pé
Disse: Eu sou de Assaré
Que é terra de alegria
Rolou até poesia
Era um poeta de fé.

Gritou São Sebastião
Vamos parar essa farra
Se não eu paro na marra
Nessa merma ocasião
Vamos ter civilização
Por que o céu tem respeito
E aqui num tem prefeito
Pra alguém querer roubar
É melhor se comportar
Pra ficar tudo perfeito.

E Moisés gritou dizendo:
Sebastião se aquiete
Se não eu dou-lhe um bofete
Pra você ficar sabendo
A gente tá aqui bebendo
Na festa de São João
Ouvindo o rei do baião
Que é santo sanfoneiro
Cabra do dedo ligeiro
E de um bom coração.

Sebastião se calou
E Moisés ficou bebendo
Uns santos só lá dizendo
O que ele lá falou
São Pedro veio e chamou
Moisés para conversar
Sebastião pois se a mangar
Tomou uma de aguardente
Ficou bebo novamente
Num saiu mais do lugar.

São João dançou forró
Santa Inês Santa Isabel
São Pedro e São Miguel
São Tomé e São Jacó
Todos levantaram pó
São Rafael Santa Maria
São Joaquim Santa Luzia
E até São Sebastião
Sant’ Ana e Sant’ Antão
Dançaram naquele dia.

Grande alegria no céu
Na festa de São João
Xaxado xote e baião
Repente verso e cordel
Pros santos tiro o chapéu
Com amor com simpatia
Nessa minha poesia
Decantei festa sagrada
Pequei mas fiz presepada
Essa é minha alegria.

(Jadson Lima)


Festejo Junino


Festejo junino

Mês de junho tem festejo
Para o povo sertanejo
Quando ver o relampejo
Começam a se alegrar
Nesse mês de São João
Planta mie com emoção
Com amor no coração
Na fogueira vai assar.

Tem quadrilha e simpatia
Verso rima e poesia
Todo mundo com alegria
Brinca no mês de São João
E na pisada do pé
Homem menino e mulher
Com amor com muita fé
Brinca com muita emoção.

Tem matuto e presepada
Tem sanfona e forrozada
Tem triangulo e zabunbada
Nesse festejo junino
Zuada de cachoeira
Uma véia rezadeira
Tem chiado de porteira
Namorico de menino.

Um pé de bode tocando
Nosso São João alegrando
E todo mundo dançando
No rosto muita alegria
Outro comendo pamonha
Uma menina que sonha
Três menino sem vergonha
E a água na bacia.

Tem casamento matuto
Uma mulher trajando luto
Um praça em pé meio bruto
Enquanto tudo não se encerra
Bebo padre e prefeito
São três cabras de respeito
Que em tudo da um jeito
E um cabrito que berra.

Cabra com colar de ouro
Um com liforme de couro
Um zunido de besouro
La debaixo da latada
Violeiro com beleza
Diz um mote a natureza
E DEUS com sua grandeza
Faz da viola encantada.

Um torrado de picado
Um nanbuzinho assado
Um caldo bem preparado
E uma bebida quente
Sou um galo de campina
Cantando a minha sina
No claro da lamparina
No verso e no meu repente.

A fogueira eu vou pular
Santo Ântoin vai me casar
São Pedro vai confirmar
E a festa vai ter forró
O sanfoneiro no tom
Fazendo fonrom fonfom
Naquele cochicho bom
Do chão levantar o pó.

As raízes do nordeste
Norte sul leste e oeste
Somos bons cabras da peste
Na cultura popular
Com amor no coração
Eu canto o meu sertão
Com grande satisfação
Venho homenagear.

A DEUS pai onipotente
Agradeço esse presente
Fazer verso e repente
Com a grandeza divina
Agradeço aos meus pais
Meus irmãos e os demais
Pra meu filho eu quero paz
E amor pra minha menina.


(Jadson Lima)
Bom Jesus/RN

sábado, 26 de maio de 2012

É assim quando amanhece...


É assim quando amanhece
nas quebradas do sertão

O galo acorda cantando
com um grande alarido
o vaqueiro adormecido
que podia tá sonhando
a bezerrama berrando
e ele vê no mourão
o maldoso gavião
que foi num foi aparece
é assim quando amanhece
nas quebradas do sertão.

Canta lá no cajueiro
o lindo galo campina
apaga-se a lamparina
que ilumina o terreiro
na copa dum juazeiro
canta forte um carão
chapéu perneira e gibão
o vaqueiro embonitesse
é assim quando amanhece
nas quebradas do sertão.

Logo um cheiro de café
se espalha pelo terreiro
vem o vaqueiro faceiro
beija os filhos e a mulher
pede a Deus com muita fé
que abençoe esse chão
terminada a oração
de estrada a fora desse
é assim quando amanhece
nas quebradas do sertão.

Vem o sol com sua grandeza
clareando os passarinhos
de longe brilha os espinhos
dá ao cardeiro beleza
a cobra acha uma presa
um pobre camaleão
é pego de supetão
isso sempre acontece
é assim quando amanhece
nas quebradas do sertão.

Na vereda um preá
se espoja em sua cama
suja-se o porco na lama
ali canta um sabiá
lindo pé de trapiá
brilha na separação
foi-se embora a escuridão
e a coruja emudece
é assim quando amanhece
nas quebradas do sertão.

Vai o vaqueiro aboiando
em versos de poesia
sentindo muita alegria
do dia que tá chegando
ele sai cantarolando
com amor no coração
sua vida é uma canção
a Deus pai ele agradece
é assim quando amanhece
nas quebradas do sertão. 


Poeta Jadson Lima

Zabumbando de Paixão


Zabumbando de Paixão

Ouço o forró batendo em meu coração
Puro baião que me deixa apaixonado
Grande harmonia no dedilhar da sanfona
Me apaixona o teu lindo rebolado.

Meu puro xote numa canção bem marcada
És a pancada do zabumba zabumbando
És o xaxado do nobre cangaceirista
Que o repentista canta você versejando.

Forró pesado no pé de uma parede
Chega dá sede de tua boca beijar
E de repente apagaram o candeeiro
Cabra ligeiro que até leu o meu pensar.

Lindo festejo é o forró nordestino
Feito um menino eu lembro aquela canção
Nós dois se amando é como tudo termina
Minha menina zabumbando de paixão.

 Poeta Jadson Lima