segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Eu acho melhor ser corno...

Amigo sou nordestino
Com fé e saúde boa
Sou vaqueiro do nordeste
Garanto a qualquer pessoa
O nordeste é desprezado
Mais só que é visitado
Que nem água na lagoa.

Essa água na lagoa
É em quatro em quatro ano
Que é no tempo da política
Roubo por baixo do pano
É um aperta aperta a mão
Ôs cabras sem coração
Político não é humano.

Se faz\ de amigo nosso
Pra mode nós votar neles
Bebe como com agente
Gastando o dinheiro deles
Conversa com agricultor
Com vaqueiro, lavrador
Ôs cabras sabido aqueles.

Nos tempo das eleição
Todo dia é uma festa
Ele agrada todo mundo
A sua casa empesta
Fica cheia de eleitor
Um povo trabalhador
Mas os Políticos detesta.

Mas se faz que ta gostando
Pois mês de Outubro ta perto
Eles andam no mei da feira
Fala com um pobre "analfaberto"
Depois ele sai mangando
Diz que ta é precisando
De ficar é mais esperto.

Ele entra na nossa casa
Conversa da um abraço
Pega o nosso filhinho
Sorrindo bota no braço
Fica levantando a mão
Dando "xau" sem precisão
Num sei como cansa o braço.

Eles sobem no palanque
E começam descursar
Mentem que só a mulesta
Ô povo pra enganar
Dizem - Eu vou dar um jeito
Aqui se eu for Prefeito
As coisa vai melhorar.

Ele aperta nossa mão
Leva nóis na capitá
Da remédio e dentadura
Pra mode nós mastigar
As coisa que eles faz
Preste atenção rapaz
Só faz é nos desprezar.

Fala sem ter preconceito
Com homem trabalhador
Mas só fala com atenção
Com quem Título de eleitor
Se for só bom e honesto
O cabra nem passa perto
Nem quer ver o sofredor.

Eu sou muito revoltado
Com esse bando de ladrão
Político mente e rouba
É a imagem do cão
Um me pede preu votar
Outro querendo comprar
O meu voto meu patrão.

Político não é honesto
Só ver nós na precisão
Só em quatro em quatro ano
E é por obrigação
Eles vem nos enganar
Eles vem só nos roubar
Acredite meu patrão.

Eu não falo de Político
Por que quero ser perfeito
Todos somos diferente
E eu tenho os meus defeito
Nem que me bote num forno
EU ACHO MELHOR SER CORNO
DO QUE SER UMA VEZ PREFEITO.

Poeta Jadson Lima

domingo, 19 de agosto de 2012

LITERATURA DE CORDEL: CONVERSA DE ROSENO OLIVEIRA COM JADSON LIMA



  QUANDO AMANTES DA CULTURA SE ENCONTRAM, ACONTECE ASSIM...


Roseno Oliveira:
- Outubro, mês de lambança
De falácias vai ter mil
é quando o cabra bruto
fica manso e bem gentil
e o povo acreditando
cai na arabuca votando
e a democracia entrando
mais ainda no fonil.

Jadson Lima:
- Politicagem é assim
É tudo enganação
Em Outubro tudo anjinho
Mais depois é mermo uns cão
Não dependo de Política
Minha poesia é crítica
Dica pra população.

Roseno Oliveira
- vem de quatro em quatro anos
Com status de bomdoso
Dizendo que se ganhar
Será muito caridoso
porém é bem diferente
pois só se lembra da gente
Se seu voto é "generoso".

Jadson Lima:
- Eles sobem no palanque
E começam a discursar
Mentem que só a mulesta
ô povo pra enganar
Dizem - eu vou da um jeito
Se aqui eu for prefeito
A saúde vai melhorar.

Roseno Oliveira:
- E ainda pra piorar
Tem cara lisa de sabão
Dizendo que vai lutar
Por boa educação
É uma mentira orrenda
Que até mesmo a merenda
Já virou corrupção.

Jadson Lima:
- Eles chegam em nossa casa
Sorrindo da um abraço
Pega o nosso filhinho
Contente nem tem cansaço
Fica levantando a mão
Dando chau sem precisão
Num sei como cansa o braço.

Roseno Oliveira:
- E sem nenhum embaraço
Diz ter feito o que não fez
Promete mundos e fundos
Se eleito for outra vez
Isso tudo eu aposto
Só pensando no seu voto
Já te acha um freguês.

Jadson Lima:
- Eu não falo de político
Por que quero ser perfeito
Todos somos diferente
E eu tenho os meus defeitos
Mas acho melhor ser corno
Do que ser uma vez prefeito.

Roseno Oliveira:
- Amigo, do mesmo jeito
A política eu dou valor,
Só não a politicagem
Coisa de baixo teor
Onde tu se cadidatar
Ao teu lado quero estar
Como seu vereador.

Jadson Lima:
- Eu divido meu amor
Com você meu camarada
Você vai ser meu parceiro
Em toda minha jornada
Pra transmitir alegria
No ramo da poesia
Por que não tem enrrascada.

Roseno Oliveira:
- E nessa nossa empreitada
Tu saberás caminhar
Administrando as estrofes
Com motes bem singular
Autorizando meu passe
Pra trabalhar pela arte
E a cultura popular.

Jadson Lima:
Tu ia administrar
Do Brasil nossa cultura
Nós dois ia versejar
Mostrando nossa bravura
Tu ia ser secretário
Nós seria os "inventário"
Dessa política futura.

Roseno Oliveira:
- E pra essa política segura
Tu ia pra maior secretaria
Na Casa Branca do cordel
Teu governo sem dúvida construiria
No Brasil milhares cordeltecas,
Diplomação para os mais altos poetas,
E um ministério próprio só para a poesia.


Jadson Lima:
- Ia ser só alegria
Tu do meu lado direito
Sendo o meu secretário
Um rio do mesmo leito
As leis eram poesia
Nós juntos construiria
Um BRASIL mais que perfeito.

Roseno Oliveira:
- Renovaríamos o conceito
Do que é democracia
Na base só do amor
Que inspira a poesia
Você meu amigo fiel
Me judaria em cordel
Num BRASIL de maestria.

 (Poetas Roseno Oliveira e Jadson Lima)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O Vaqueiro Sertanejo




O vaqueiro sertanejo

Peço a DEUS pra me animar
Me dá muita inspiração
Pra falar com emoção
Sou poeta popular
Quero homenagear
Realizar meu desejo
Aproveitando o ensejo
O meu versejar ligeiro
Falo de um grande guerreiro
O VAQUEIRO SERTANEJO.

No campo da poesia
Que é onde eu sei jogar
Já comecei a rimar
Com amor e alegria
Meu verso tem simpatia
Sobre o vaqueiro versejo
Como a luz do relampejo
Que é uma grande beleza
Eu versejo uma grandeza
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Acorda de madrugada
Com o cantar do campina
Apaga a lamparina
E observa a boiada
A mulher despreocupada
O galo no cacarejo
Quando tudo aquilo vejo
Lhe digo sem falsidade
Que é um homem de verdade
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Bem cedo sai aboiando
Montado num alazão
De guarda-peito e gibão
Um verso ele sai cantando
O gado todo berrando
E ele sai no molejo
E como se fosse um beijo
Ele toca a vacaria
E sai cheio de alegria
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Perneira chapéu gibão
Se veste com alegria
Sua vida é poesia
Seu transporte um alazão
Seu prazer é a paixão
Vive a vida num traquejo
Quando ouve o cantarejo
Do formoso sabiá
Começa seu labutar
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Milho feijão e farinha
Seu almoço reforçado
Come bode com picado
E farofa de galinha
Quando chega a tardezinha
Ele escuta o trovejo
E ele vê o clarejo
Do relampo no sertão
Fica cheio de emoção
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Dentro da mata fechada
Pegando boi mandingueiro
Por ser um bravo guerreiro
A sua pele é marcada
Sua mão é calejada
Pois vive no seu manejo
Um cachorro no farejo
Caçando pro seu jantar
É assim que sabe amar
O VAQUEIRO SERTANEJO.

Ouço falar no vaqueiro
Estudo sua história
Escrevo sua trajetória
Desse herói verdadeiro
Do nordeste brasileiro
Se for possível protejo
Leio mais sempre revejo
Essa linda imensidão
Eu trago no coração
O VAQUEIRO SERTANEJO.

É o homem do sertão
É um puro nordestino
Tem coração de menino
Pegar gado é sua paixão
O aboio é sua canção
Seu café coalhada e queijo
Sua vida é um gracejo
De couro é seu chapéu
Decanto nesse cordel
O VAQUEIRO SERTANEJO.

A DEUS pai o grandioso
Agradeço a inspiração
Meu DEUS pai da criação
O grande pai amoroso
Me sinto vitorioso
Pois não sou um malfazejo
Sou poeta e eu pelejo
Falar com sinceridade
Amo muito de verdade
O VAQUEIRO SERTANEJO.


Poeta Jadson Lima